janeiro 09, 2007

vagamente curvado, sobe a rua
as mãos secas e velhas pendem sem jeito
no ouvido tem a mesma música de sempre
e na suada testa roça o cabelo fraco mas suave.

Na revolta fita o chão,
os olhos são fundos.
mastiga o nada,
com os seus dentes amarelados.

Nos bolsos leva um papel amachucado
uma caneta sem tinta, um sapato
um cabelo castanho claro
e um coração seco e petrificado.