Hoje fui ao Mediamarkt, no estádio da luz. Passeando descontraídamente pelos corredores fui abordado por um pesado e remelento sócio do Benfica. De camisola em riste, deu-me a conhecer a oportunidade única de que eu poderia dispôr de imediato: a 5 passos dali descansava a famosa águia Vitória, que eu era convidado a visitar. Resolvi entrar, então, na Loja do Benfica. É notável a quantidade de vermelho que se consegue enfiar num espaço tão reduzido. Caminhei pela loja, passando por grandes posters de lindíssimas mulheres loiras envergando o equipamento do glorioso (a discussão sobre os cânones da beleza fica para outra ocasião. Hoje ficou-me pela noção comum), bolas de todos os tipos, saudosistas fotografias da pantera negra, etc. até dar com o animal. É uma possante ave, com um ar rijo, superior e nobre. Parece infindavelmente triste, seja pela escravatura de que é alvo ou apenas pela solidão, não sei. De qualquer forma compadeço-me do seu sofrimento: nos seus olhos transparece a colossal tortura de ser obrigada, uma jornada após a outra, a ver jogar tão mau futebol.
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