novembro 06, 2006

Revivalismo

Aqui à uns dias a minha mãe decidiu comprar uma máquina de lavar roupa nova. Foi com alguma tristeza que vimos partir a velha AEG de 27 anos. É de louvar a razoabildade e o poder argumentativo da máquina. Nunca deu de si por sua culpa. Segundo a minha mãe a culpa era sempre nossa, ou sujávamos demasiado a roupa ou sujávamos demasiada roupa. Certo é que pelo menos uma vez por semana a máquina bloqueava o centrifugador e começava aos saltos em direcção à parede da janela. Talvez tenha sido pela coerência dos seus actos que a máquina se manteve por cá tanto tempo. Enfim, tornou-se familiar: já nem mesmo o cão estranhava o constante e frustrado ímpeto suicida.