setembro 13, 2005

Peço perdão aos poucos que aqui passam, por esta última vaga de palavras. Não pretendo monopolizar o que aqui se edita. Nem pensar. Nem seria capaz, pois há aqui quem consiga fazê-lo bem mais facilmente, com meia dúzia de palavras bem escolhidas. A verdade é que não tenho muito que fazer, e decidi procurar num antigo dicionário poeirento, o significado de umas tantas coisas. Desde o principio, que o titulo deste outro reduto me faz pensar, que não me encaixo aqui bem. De todos os que alguma vez aqui escreverão, sou talvez, o mais obstinado de todos, apesar de nenhum deles ser perfeito, e todos terem dentro de si um nadinha de obstinação, seja pelas teclas de um piano, ou pelos cabelos compridos de alguém. O tal que poderia ser, sem dúvida, o verdadeiro (Des)obstinado, ainda se pensa que seja um simples cão que se ri de nós, "No riso admirável de quem sabe e gosta, ter lavados muitos dentes brancos à mostra." . Mas acho que de todos, sou o que menos encaixa no espirito da verdadeira e épica (Des)obstinação. A nossa. Não o Nirvana de uns, a paz de outros, ou o céu de outros tantos. Meus caros amigos: procuramos a (Des)obstinação absoluta e incontrolada, esperamos todos por ela como se não pudéssemos esperar mais. Ou seja, há basbaques, eminentes basbaques. E finalmente, há (Des)obstinados, e eminentes (Des)obstinados. Após longa e imprevisível conversa hoje tida, penso que de todos sou o que mais trai o que aqui se procura. Cedi à Obstinação demasiado cedo. Tornou-se um estado de espírito, ou mesmo de vida. Céus, gostava que a minha escrita chorada fosse tão boa como a d' "A Escritora" que a esta hora dorme, tal como "A Pianista", tal como o "Cão". Não sou afinal, nada mais que um Obstinado, ou na forma maricas de o dizer, um Des(des)obstinado. De um obstinado a sério, que trai, mas pede compreensão, que não desiste, não se permite, não lhe permite.






"Tua divisa deve ser: amar mais do que és amado e nunca ficar em segundo lugar." F.N.


"O Fotógrafo"

1 Comments:

Blogger Branca said...

Não pretendias mas monopolizaste. E eu gostei desse inconsciente e arrogante monopólio. Fosse sempre assim bonito...

quinta-feira, setembro 15, 2005  

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